quarta-feira, julho 18, 2007

Carreira dos moinhos

Carreira dos moinhos é o nome que se dá a um monte onde desde o seu cume até praticamente à sua base era povoado por 15 moinhos que todos os dias aproveitavam a força das águas das Levadas pra moer o trigo.
Era esta carreira de moinhos que fornecia de farinha todas as terras envolventes (São Martinho, Santa Marinha, Arrifana, Santa Comba, Pinhanços, etc.).
Hoje em dia muitos dos moinhos, uns por força do tempo outros por força do desleixo, estão destruídos e em ruínas já que a água deixou de ter força para mover as pesadas mós e por isso foram sendo deixados ao abandono.

domingo, setembro 17, 2006

Esta é a fonte nova que de nova já só tem o nome. Foi construída em 1892 e na altura era constituída apenas pelo fontanário e pelo tanque rectilíneo, no séc. XX a fonte foi modificada, tendo-lhe sido acrescentados os dois tanques laterais, curvilíneos. É nestes tanques que alguns habitantes se dirigem ainda para lavar a roupa e é partir desta fonte que sai uma parte da água que é utilizada para regar os campos da aldeia, esta água quando sai dos tanques corre a céu aberto e em algumas partes através de condutas sendo depois virada pelos habitantes para os seus respectivos terrenos, agora como antigamente a partilha da água é organizada havendo alturas em quem se levantam de madrugada para virar a água e existindo alguma zangas por alguém que virou a água quando não devia.



Esta é a sede do clube, na qual se realizam alguns eventos entre os quais uma concentração anual de motard organizada pela direcção do clube.
O clube tem um salão para festas, um bar e uma sala com computadores ligados à Internet para as crianças da aldeia.
Tem ainda um campo de futebol, um dos maiores das redondezas, que agora se encontra ao abandono por falta de praticantes, no entanto, Vodra no passado teve uma equipa de futebol de grande valor que era patrocinada pela, também no passado grande, empresa de lanifícios Vodratex.

Capela de Santo Aleixo




A capela de Santo Aleixo existe pelo menos desde o final do séc. XVI. Arquitectura religiosa de carácter popular, sendo de destacar o retábulo de talha bastante original, de ornamentações de linguagem medieval, tem no altar as imagens do Santo Aleixo, de Nossa Senhora da Conceição, se São Sebastião e de Nossa Senhora de Fátima.
Em 1945 o Dr. Augusto Pires providencia a reparação da Capela, as obras alteraram profundamente a edificação, tendo-se procedido à pavimentação em mosaico e à substituição do altar (no interior) e à remoção de um alpendre e construção de uma sacristia e campanário (no exterior).
Mais recentemente foi submetida a nova reparação na qual se destacam as paredes exteriores que se encontravam rebocadas e pintadas e agora voltam a mostrar a beleza das paredes feitas em pedra, este restauro foi possivel graças ao esforço dos habitantes e filhos da terra.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Vodratex



Em tempos foi uma grande fabrica de lanificios, deu trabalho à maior parte da população da aldeia e das aldeias vizinhas, chegou a ter cerca de 1500 trabalhadores e a produzir anualmente 3 milhões metros de tecido. Foi fundada em 1905 por João Dias de Quintela e foi mais tarde comprada em 1939 pelo Comendador Joaquim Fernandes Ferreira Simões, pouco antes do inicio da Segunda Guerra Mundial, encerrou em Abril de 1998 quando tinha 500 trabalhadores. Em Setembro de 1999 foi adquirida pela Vodrages, que era liderada por um grupo de funcionários em colaboração com quadros da empresa M. Carmona & Irmãos, SA, passando a funcionar com cerca de 120 funcionários. No inicio de 2005 os cerca de 80 funcionários que ainda se mantinham na empresa paralisaram as suas funções e permaneceram dia e noite à porta da empresa, a aguardar que fossem pagos os ordenados em atraso e também para evitar qualquer saída de material. O Tribunal de Seia decretou no dia 19 de Julho de 2005 a falencia da empresa. (E assim fechou mais uma ex-grande empresa de lanifícios que chegou a ser a mais antiga em funcionamento de Seia)

Algumas das máquinas que ainda existiam na fábrica acabaram por ser agora adquiridas pela Câmara Municipal de Seia para fazerem parte do espólio do Museu Municipal de Lanifícios